terça-feira, 3 de agosto de 2010

Animais de estimação e crianças pequenas em casa: risco ou benefício?

Para os adultos, os benefícios do convívio com animais de companhia são evidentes. Quando, porém, esses adultos são pais e mães, que já têm crianças pequenas ou aguardam a chegada de um bebê, ainda existe certa resistência em manter ou adquirir um pet para fazer parte da família. Em 2009, a pesquisa da Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional das Indústrias de Saúde Animal (Sindan) revelou que apenas 33% dos casais com filhos com idade até nove anos possuíam animais de estimação, dando base à preocupação dos pais em manter em um mesmo espaço crianças e animais domésticos.

A médica veterinária da Vetnil, Isabella Vincoletto diz que o convívio de crianças com animais de estimação é muito saudável, pois além de estimular as habilidades motoras e a comunicação, reduz a ansiedade, acalma, auxilia na brincadeira e no gasto de energia e faz com que a criança, desde cedo, compreenda e assuma algumas responsabilidades.

O convívio saudável, no entanto, exige alguns cuidados, principalmente no que se refere à higiene e à limpeza da casa para evitar o acúmulo de pêlos de cães e gatos e à vacinação e vermifugação dos animais. “O pet deve ter um local específico para fazer suas necessidades, para evitar o contato das crianças com as fezes e a urina do animal. A escovação do pet previne a queda de pêlos, além de auxiliar na saúde da pele de cães e gatos. Aspirar tapetes e limpar o chão com pano úmido também ajuda na higienização do piso. Vermífugos destinados ao uso de animais adultos e filhotes combatem os principais endoparasitas, como vermes, presentes no trato intestinal e produtos específicos devem ser utilizados para prevenir pulgas e carrapatos”.

No caso do convívio entre animais e bebês, a veterinária dá algumas dicas para preparar o cão, principalmente adulto, a entender a chegada do novo membro da família. “A melhor maneira de acostumar um cão com a presença de um bebê em casa é realmente desde filhote. Mas se a família já tiver um cão adulto há truques para que o animal adulto se acostume com fraldas, mamadeiras, choros e novos cheiros. Desde o início da gravidez é importante mostrar ao cão esse mundo novo. Deixar que o pet cheire o carrinho, o berço e os brinquedos do bebê pode ajudar nesse processo de adaptação. Também é aconselhável enrolar uma boneca em um cobertor que o bebê irá usar e carregá-la perto do pet. Isso facilita o entendimento do cão, que pode ser recompensado com petiscos, como a cada resposta de “bom comportamento”. Dependendo da rotina dos donos do animal de estimação, os pets podem passar o tempo todo perto do bebê, mas é importante nunca deixá-lo sozinho, por mais confiança que se tenha no animal”, enfatiza a veterinária.


Fonte: Atitudepress Assessoria em Comunicação

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