sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Programa Telessaúde será ampliado em São Paulo

O governo federal está ampliando as ações do projeto Telessaúde Brasil Redes para todo o país. O Ministério da Saúde investirá nos próximos 12 meses R$ 4,5 milhões para expansão do serviço em São Paulo. O Telessaúde é um programa que oferece às equipes de Atenção Básica teleconsultoria à distância, utilizando tecnologias de informação e comunicação.

O programa permite que profissionais de saúde troquem informações sem sair dos postos de atendimento, por meio de videoconferências e internet. A ferramenta, que integra regiões mais distantes aos grandes centros de pesquisa e referência, permite ações como uma segunda opinião médica, além discussão de casos com equipe multiprofissional. Isso evita deslocamentos desnecessários do paciente, qualifica o diagnóstico e permite a educação permanente dos profissionais de saúde.
O serviço funciona articulado com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e auxilia a população atendida no Sistema Único de Saúde (SUS) com diagnósticos ágeis e precisos. Atualmente, 1.471 serviços de saúde contam com o programa, que beneficia 947 municípios em 12 estados: Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,Tocantins, Mato Grosso do Sul e Acre.

Para se habilitar ao novo financiamento, os gestores locais em São Paulo devem cadastrar as suas propostas até o dia 15 de novembro, com possibilidade de recebimento da verba ainda esse ano, ou entre o dia 15 e 30 de novembro, com recebimento apenas em 2012. Os projetos devem ser enviados pelo site http://dab.saude.gov.br/ .Os valores destinados ao estado foram definidos pelo Ministério da Saúde por meio da avaliação do número de habitantes na região e pela quantidade de Equipes de Saúde da Família. Em São Paulo, 3.475 ESF atendem à população.

Fonte: Zeca Moreira, da Agência Saúde

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Médico é culpado por morte de Michael Jackson

O cardiologista norte-americano Conrad Robert Murray, de 58 anos, foi considerado culpado pela morte do cantor, compositor e dançarino Michael Jackson, ocorrida em junho de 2009. Murray era o médico particular do artista, que morreu aos 50 anos por overdose de analgésico.

O cardiologista foi condenado por homicídio culposo - sem intenção de matar - e pode receber a pena máxima de quatro anos de prisão, além da perda definitiva de sua licença médica. A sentença será anunciada pelo juiz Michael Pastor no dia 29 deste mês.

O juiz decidiu que o médico não deveria aguardar a sentença em liberdade após pagamento de fiança, pela gravidade do crime e a possibilidade de fuga, por sua condição de condenado e por se tratar de um homem rico e bem conectado. Em silêncio, o médico foi algemado logo após a decisão do magistrado.

Na manhã de 25 de junho de 2009, Murray teria dado a Jackson uma dose de um potente analgésico, propofol, após o artista não ter conseguido dormir, mesmo tendo tomado outros tranquilizantes. O cardiologista então teria se ausentado do quarto do artista e, ao voltar, teria encontrado Jackson inconsciente. O artista, chamado de "Rei do Pop", foi declarado morto horas depois, em um hospital de Los Angeles. Murray trabalhava para Jackson havia dois meses.

Os jurados, sete homens e cinco mulheres, chegaram a um veredicto após quase três horas do segundo dia de deliberações, na Corte Superior de Los Angeles. Uma pausa de duas horas foi concedida até a leitura da sentença - transmitida ao vivo por redes de TV e pela internet -, para que familiares do artista pudessem se dirigir ao tribunal.

O promotor David Walgren, em seu pronunciamento de encerramento, afirmou que, mesmo recebendo um salário mensal estimado em US$ 150 mil, Murray foi negligente e privou os três filhos de Jackson de um pai e o mundo de "um gênio".

A defesa argumentou que Jackson era dependente de analgésicos e responsável pela própria morte, por ter tomado a dose fatal de remédio durante a ausência do médico.

Fonte: O Estado de SP/Caderno Vida

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Cataratas do Iguaçu: Candidata a uma das Novas Maravilhas da Natureza



Entramos na reta final para eleger as Cataratas do Iguaçu a uma das Novas Maravilhas da Natureza.
Vamos votar!

Envie SMS com a palavra “Cataratas” para o número 22046 ou pelo site www.votecataratas.com (gratuitamente). A votação termina no próximo dia 11 de novembro.

Fonte:imprensa@catarataspni.com.br

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Autistas chegam ao mercado de trabalho

Um cenário impensável no passado. Na empresa dinamarquesa de testagem de softwares Specialisterne, 80 dos 100 funcionários têm autismo. Uma das pioneiras na contratação de mão de obra autista, ela é um exemplo do grande avanço ocorrido nos últimos anos no universo das pessoas que convivem com esse transtorno. Com a melhor compreensão sobre a síndrome, os autistas têm deixado a clausura do espaço privado e ganhado o espaço público.

“O autismo é um conjunto muito heterogêneo de condições que têm como ponto de contato os prejuízos nas áreas da comunicação, comportamento e interação social”, explica o neurologista Salomão Schwartzman. Se durante muito tempo se falou apenas dessas dificuldades, atualmente começam a ser discutidas as habilidades associadas e como isso pode ser aproveitado em diferentes profissões. Tanto que já há uma primeira geração a chegar ao mercado de trabalho. “Eles têm boa memória, uma mente muito bem estruturada, paixão por detalhes, bom faro para encontrar erros e perseverança para realizar atividades repetitivas”, disse à ISTOÉ o fundador da Specialisterne, Thorkil Sonne.

Sonne resolveu investir no filão após o nascimento do filho autista Lars, hoje com 14 anos. A aposta deu tão certo que a empresa abriu unidades na Islândia, Escócia e Suíça e tem servido de inspiração para outras iniciativas. O empresário calcula entre 15 e 20 os projetos inspirados na matriz dinamarquesa em todo o mundo. Um deles é a Aspiritech, nos Estados Unidos, que, desde o ano passado, funciona com 11 engenheiros autistas trabalhando no teste de softwares. “Desde a década de 80, pesquisas mostram que essas pessoas têm uma capacidade muito maior de perceber pequenos detalhes visuais”, falou à ISTOÉ Marc Lazar, da Aspiritech. “Em testes para medir essa habilidade, eles cumprem o desafio em 60% do tempo gasto pelos demai s e com grande acurácia.”

Para se chegar à observação dessas qualidades foi preciso superar um erro de interpretação. “Por muito tempo, o autismo foi encarado como uma deficiência intelectual”, diz Adriana Kuperstein, diretora da Re-fazendo, assessoria educacional especial de Porto Alegre. O que se percebeu posteriormente é que em apenas alguns casos há a associação com deficiências intelectuais. Muitos autistas têm o intelecto preservado, vários com inteligência superior à média, mas não conseguem interagir porque não sabem usar os canais normais de comunicação.
“É como um computador sem os softwares necessários para realizar determinada tarefa”, compara a psicóloga Alessandra Aronovich Vinic, que pesquisa autismo. Em seu consultório, ela aplica o método do treino das habilidades sociais. Seus pacientes aprendem, por exemplo, a reconhecer as feições relacionadas a sentimentos, como tristeza e alegria, ou a fixar o olhar no outro enquanto conversam. Pode parecer prosaico, mas faz toda a diferença para quem tem autismo.

“As pessoas se comunicam visualmente o tempo todo”, fala Júlia Balducci de Oliveira, 23 anos. Para a jovem, não conseguir olhar nos olhos era uma fonte de angústia só superada com terapia. Formada em cinema, hoje Júlia trabalha na direção de um documentário sobre o autismo.

Fonte: Rachel Costa/ Isto é

Emílio Ribas é parceiro do FDA em testes de novas drogas contra hepatite

O hospital estadual Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência em infectologia, vem testando novas drogas mais potentes para tratamento e cura da hepatite C, sob supervisão do FDA (Food and Drug Administration) norte-americano.

Para a equipe do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Instituto Emílio Ribas, os estudos em andamento significam uma nova era no tratamento da doença.
Segundo os médicos infectologistas do Instituto, o tratamento atual tem alcançado uma média de 50% de cura, e de 35% a 40% em pacientes portadores da hepatite C do genótipo 1. No entanto, novas drogas sintéticas prometem revolucionar o tratamento da doença. Duas delas já estão em uso nos Estados Unidos e na Europa e, acabam de ser aprovadas pela Anvisa (Telaprevir e Boceprevir) para comercialização. A expectativa é de que o medicamento esteja disponibilizado para os pacientes do SUS até o segundo o semestre de 2012.

A equipe de médicos do Grupo de Hepatites do Emílio Ribas participa agora dos novos estudos de avaliação clínica com as novas drogas desenvolvidas, como o Alispolivir. O medicamento atua diretamente na célula hepática e é ativo contra todos os genótipos do vírus da hepatite C. Outro teste é de um medicamento inibidor de polimerase que, em fase inicial de testes em voluntários, já alcançou 100% de cura.

A esperança dos pesquisadores reside também na possibilidade futura de substituir o Interferon atualmente em uso, que gera efeitos colaterais semelhantes à quimioterapia oncológica por drogas que causem sensíveis reduções dos efeitos indesejáveis.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo / Instituto de Infectologia Emílio Ribas