quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Médico é culpado por morte de Michael Jackson

O cardiologista norte-americano Conrad Robert Murray, de 58 anos, foi considerado culpado pela morte do cantor, compositor e dançarino Michael Jackson, ocorrida em junho de 2009. Murray era o médico particular do artista, que morreu aos 50 anos por overdose de analgésico.

O cardiologista foi condenado por homicídio culposo - sem intenção de matar - e pode receber a pena máxima de quatro anos de prisão, além da perda definitiva de sua licença médica. A sentença será anunciada pelo juiz Michael Pastor no dia 29 deste mês.

O juiz decidiu que o médico não deveria aguardar a sentença em liberdade após pagamento de fiança, pela gravidade do crime e a possibilidade de fuga, por sua condição de condenado e por se tratar de um homem rico e bem conectado. Em silêncio, o médico foi algemado logo após a decisão do magistrado.

Na manhã de 25 de junho de 2009, Murray teria dado a Jackson uma dose de um potente analgésico, propofol, após o artista não ter conseguido dormir, mesmo tendo tomado outros tranquilizantes. O cardiologista então teria se ausentado do quarto do artista e, ao voltar, teria encontrado Jackson inconsciente. O artista, chamado de "Rei do Pop", foi declarado morto horas depois, em um hospital de Los Angeles. Murray trabalhava para Jackson havia dois meses.

Os jurados, sete homens e cinco mulheres, chegaram a um veredicto após quase três horas do segundo dia de deliberações, na Corte Superior de Los Angeles. Uma pausa de duas horas foi concedida até a leitura da sentença - transmitida ao vivo por redes de TV e pela internet -, para que familiares do artista pudessem se dirigir ao tribunal.

O promotor David Walgren, em seu pronunciamento de encerramento, afirmou que, mesmo recebendo um salário mensal estimado em US$ 150 mil, Murray foi negligente e privou os três filhos de Jackson de um pai e o mundo de "um gênio".

A defesa argumentou que Jackson era dependente de analgésicos e responsável pela própria morte, por ter tomado a dose fatal de remédio durante a ausência do médico.

Fonte: O Estado de SP/Caderno Vida

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