segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pesquisadores do Butantã e da USP testam vacina oral contra hepatite B

Pesquisadores do Instituto Butantã e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma vacina para hepatite B que pode ser consumida por via oral. Os testes em humanos devem começar ainda este ano. A grande esperança é que a tecnologia também funcione com outras vacinas que, por enquanto, só são administradas por injeção.

"Seria uma verdadeira revolução", afirma o pesquisador Osvaldo Augusto Sant’Anna, do Instituto Butantã, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde. "A cobertura vacinal aumentaria muito, especialmente nos lugares mais pobres e distantes onde é difícil chegar com um profissional de saúde."

A pesquisadora Marcia Fantini, do Laboratório de Cristalografia do Instituto de Física da USP, prepara os nanotubos de sílica que o cientista do Butantã utiliza nos testes com camundongos. A pesquisadora utiliza a nanotecnologia, estudo da manipulação dos materiais na escala molecular. Os nanotubos utilizados na vacina, por exemplo, têm um diâmetro de 8 nanômetros. Cada unidade equivale à bilionésima parte de um metro.

A sílica é um dos compostos mais abundantes da crosta terrestre. Formada pela união do oxigênio e do silício, é usada na fabricação do vidro. Em estudo publicado em 2006 na revista Small, os cientistas já haviam comprovado que a sílica nanoestruturada atuava, em camundongos, como um vigoroso adjuvante – substância que acompanha a vacina para amplificar a resposta do sistema imunológico e, consequentemente, a proteção.

Fonte: Alexandre Gonçalves/ O Estado de S. Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário